quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Afinal a TV promove a leitura


Não resisti a colocar esta imagem. Acabei de a ver no bibliotecário de babel que por sua vez a retirou da Bruaá. Vem mesmo a propósito do último post e do excesso de ruído nos nossos lares.

Ah! O silêncio!...

Ler começa por ser um acto solitário. Requer espaço e tempo para estar a sós com o livro, mas sobretudo requer silêncio. Um silêncio que afinal não é mutismo, nem verdadeiro isolamento. Mas sim um silêncio reconfortante que nos permite "ouvir" o livro e o eco que ele faz dentro de nós.
Ler é também um acto de coragem. A coragem de dispensar, por momentos, as "bengalas" que nos dão segurança e equilíbrio e confrontarmo-nos com o que somos verdadeiramente e com a nossa relação com o mundo.
Aparentemente simples de concretizar, a conquista do silêncio é hoje, nas sociedades urbanas, uma das maiores batalhas que a leitura tem para travar. Vivemos num mundo demasiado ruidoso, onde nem o nosso lar escapa: é a omnipresente televisão, os indispensáveis computadores, os demais componentes electrónicos, e a necessidade de falar, falar, opinar, sem reflectir.

Parar um pouco e ouvir o som do silêncio. Aqui está um conselho para professores e mediadores da leitura. Uma boa medida para praticar e recomendar a pais e alunos. Só apreciando o silêncio se caminha no sentido da descoberta do verdadeiro prazer da leitura.

Imagem  de Peter Ilsted A girl reading in an interior, retirada do belíssimo o silêncio dos livros.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Promoção da leitura em bibliotecas públicas

Promover a leitura é uma das funções principais das Bibliotecas Públicas. Não há programa de actividades que não lhe dedique algum espaço. É a promoção de leitura para crianças do 1º ciclo, a promoção da leitura para jovens, a promoção da leitura para o público em geral...Mas quem faz uma efectiva avaliação da qualidade das actividades desenvolvidas. E quais são os critérios de sucesso? Onde estão as actividades de promoção da leitura que fazem a diferença? Aquelas que nos lançam para a leitura de um livro, que nos fazem pensar, que nos fazem sentir que vale mesmo a pena trabalhar nesta área.

O trabalho desenvolvido pela Andante - Associação Cultural merece aqui um destaque particular, pela originalidade, pelo profissionalismo, pela qualidade, pela diferença.

As Bibliotecas Públicas deverão estar gratas por existirem profissionais que promovem a leitura com esta dedicação, empenho e know-how. Espectáculos como o Amnésia deviam ser quase obrigatórios para todos os utilizadores com mais de 16 anos. E que debates estimulantes em clubes de leitura não poderiam proporcionar.