quinta-feira, 11 de março de 2010

A formação do leitor



Como se passa de não leitor, a leitor compulsivo? Como se passa de leitor apaixonado, a leitor reflexivo?
Para responder a estas questões aconselho a leitura de dois pequenos livros, de leitura obrigatória para quem queira entender os mecanismos da formação do leitor: O velho que lia romances de amor de Luís Sepúlveda e A leitora real de Alan Bennett.
Um velho que vive isolado na selva amazónica aprende a ler, descobre a beleza da linguagem e a paixão pela literatura. Desenvolvendo a prática da leitura e diversificando o tipo de obras lidas, torna-se uma autoridade na matéria, passando a promotor da leitura.
A rainha inglesa descobre por mero acaso uma biblioteca itinerante e, de etapa em etapa, torna-se uma leitora madura, capaz de passar, ela própria, a autora.
O segredo? Ambos começaram o seu percurso por um livro que lhes revelou o prazer de ler. A partir daí foi seguido um caminho de enriquecimento literário e pessoal, com muitas inquietações e descobertas associadas.
Tanto uma como a outra obra são excelentes.
A de Luís Sepúlveda é sobejamente conhecida, a de Alan Bennett é uma preciosidade que muitos ainda desconhecem. Para além de verdadeiros tratados sobre a formação do leitor são "Uma defesa apaixonada do poder civilizador da arte" (neste caso da literatura), uma citação do The Times em relação A leitora real, mas que também pode ser aplicada à obra de Sepúlveda.

2 comentários:

  1. já li os dois. O velho que lia romances de amor li-o há muitos anos e a leitora real há menos de 3 meses. a capa é magnífica, não é?

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  2. De facto a capa é digna de uma Raínha que se tornou leitora.

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