quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Animação à espanhola




Já tinha visto livros a serem oferecidos como brindes, na compra de iogurtes (no frigorífico de um hipermercado para se manterem mais fresquinhos). Mas esta supera tudo.
Via bruaa editora que por sua vez a conseguiu via casa de tomasa

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Animação da "leitura" para bebés



Começam a formar-se leitores no berço? Talvez seja algo abusivo afirmá-lo. Mas é certamente no berço que podem ter lugar os primeiros estímulos que predispõem a criança para "ler a vida com os cinco sentidos" (cito Sylviane Rigolet).
Em Loures, na Biblioteca Municipal José Saramago, a equipa de animação, que inclui duas educadoras de infância, tem vindo a apresentar produções de animação da "leitura" para bebés que partem desse pressuposto. A mais recente produção "Jardinlina Petalina, a Fada" estreou no passado dia 23 de Janeiro.
Promovendo a leitura da imagem ( o guarda-roupa é um espectáculo para os olhos), dos gestos e dos sons, a Fada Petalina e os seus amigos Semião e Rapsódia estabelecem a interacção com os bebés e seus acompanhantes. São estímulos sensoriais que procuram cativar os pequenos e os crescidos.
As crianças disfrutam da harmonia dos trava-línguas e das canções, os pais relembram a sua infância e a musicalidade das suas brincadeiras.
A Biblioteca exemplifica e dá pistas dos estímulos que os pais podem dar continuidade em casa, mimando os filhos e brincando com a linguagem.
Afinal a leitura é uma história de afectos. Crescer a brincar com a linguagem, numa partilha de momentos de prazer e de intimidade com aqueles que mais amamos é meio caminho andado para a semente da leitura começar a germinar. Bastará não deixar faltar o sol e a água que teremos um terreno fértil.
O grande desafio para as Bibliotecas Públicas é conseguir continuar a estimular a criança, acompanhando o seu crescimento. Continuar a dar pistas, a proporcionar descobertas, sugestões de leituras e surpreender sempre.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A gente não lê



"Ai senhor das furnas
que escuro vai dentro de nós
rezar o terço ao fim da tarde
só para espantar a solidão
rogar a deus que nos guarde
confiar-lhe o destino na mão"

Quem não reconhece este texto, do cantor que atravessa gerações de fãs, mas que tem um lugar muito especial nos corações dos quarentões dos nossos dias?
Estou a falar, é claro, de Rui Veloso que com Carlos Tê assinou belíssimos temas que nos ficam no ouvido e nos aquecem a alma.
Todos conseguirão cantarolar "Ai senhor das furnas", mas provavelmente poucos se recordarão do título: A gente não lê. Foi também com surpresa que o encontrei num álbum dos anos 80, com o sugestivo título "Fora de moda".
Um olhar de bibliotecária, e aqui está este pequeno achado (pelo menos para mim), para nos relembrar que também com a música podemos fazer promoção da leitura nas bibliotecas.

Não há manual de biblioteconomia que chegue aos calcanhares deste texto:

"...de boca em boca passar o saber
com os provérbios que ficam na gíria
de que nos vale esta pureza
sem ler fica-se pederneira
agita-se a solidão cá no fundo
fica-se sentado à soleira
a ouvir os ruídos do mundo
e a entendê-los à nossa maneira"

Que escuro vai dentro de nós...